sábado, 17 de setembro de 2011

UM CERTO JOÃO MADURO

Autor: João Ludugero

Para reverdecer careço 
De muito pouco:
Quero apenas a sombra do umbuzeiro,
Quero cercar-me de flores, girassóis e colibris
Quero um cajueiro todo em flor, 
Flor-essência em poesia.
Quero maturis,
Ou seja, o começo
Do caju ainda novo, 
Ou, propriamente, 
A castanha verde, grande e mole 
Do caju antes do desenvolvimento 
Do pedúnculo, 
Antes da maturidade.
Quero colher e ser colhido,
Tal qual manga madura no pé,
Ser apanhado feito caju e castanha
De manhãzinha, enchendo bacias. 
Quer ver eu dar rasteira no banzo,
Basta me dar uma tigela de leite azedo, 
Um prato de coalhada com mel e sequilhos. 
Na verdade, peço muito pouco. 
Rapadura, feijão e farinha 
E uma hora de rede na tarde amena
Preciso de nada mais não!
Deitado à sombra sagrada
Do meu pé de graviola, 
Dê-me uma enlaçada todo dia,
Que eu cerco o mundo 
Num instante, ligeiro,
Só pra os bichos não se perderem
Lá da minha terra prometida
A que chamo com galhardia
De minha Várzea das Acácias!

5 comentários:

Sil Villas-Boas disse...

João

Cada vez mais você amadurece tuas frutas-poéticas.
Bjusss
Sil

Menina no Sotão disse...

Eu careço de sol, manhãs com ventos e folhas verdes. Livros cheirando a novo, páginas sendo reviradas e um chá de folhas (laranja e limão) pra começar. Casa cheirando a bolo. Corpo cheirando a abraços. Envelopes esperando missivas e chocolates esperando mordidas
O prazer de saber o amanhã no hoje que se inicia. A saudade que veste o corpo com o ontem, trazendo de volta o que se foi. É pretérito, mas está aqui em palavras que eu realizo como se fossem preces...
Pronto. Já sei que sou feliz.


Ps. Carissima, desculpe-me pela demora em responder seu comentário. Claro que pode usar minhas palavras. Estou adorando esse seu cantinho aqui que está sendo lentamente descoberto por mim e com que prazer eu o faço.

Ps2. A leitura dessa manhã me causou palavras e vai virar post. Eu tenho uma série lá no meu blog "comentário que viram post". kkkkkkkkkkkkkkk

bacio

João Maria Ludugero disse...

Prezada Sil,
Boa noite!

Não tem nenhum problema de o Francisco publicar no mesmo dia que eu (sábado). Não vejo nenhum obstáculo nisso. Aliás, só acrescenta mais lume ao jardim dos girassóis! E quanto ao meu post reprisado, foi somente um descuido da minha parte, pois era para postá-lo na Casa da Poesia, onde também participo com minhas publicações.
Quando achar por bem, por favor permita-se ao direito de excluir tais posts. Gosto muito de participar deste blog, mas não quero parecer cabotino ao reprisar meus poemas aqui. Tenha um ótimo fim de semana! E sinta-se à vontade para comentar ou não minhas postagens.
Por oportuno, ressalto que estou pretendendo mesmo me dedicar mais de perto ao meu próprio blog, pois em breve editarei meu livro de poesias. E, de tal sorte, devo voltar menos vezes aqui, dando assim a oportunidade a outros novos interessados que houver em efetivar suas publicações/postagens. Desde logo agradeço pela minha participação no Jardim.
Saúde e alegrias duradouras, hoje e sempre.
Forte abraço,
João Ludugero,
Poeta, eterno aprendiz de
Obs.: Ah, sou do signo de áries e o ariano é mesmo muito cabeça dura e um tanto meticuloso...

Sil Villas-Boas disse...

João
Você sempre é bem vindo aqui. E fico contente por lançar seu livro de poesias. Quando desejar, tens a plena liberdade de pousar aqui suas flores poéticas. O Jardim sempre estará com as portas abertas para um ser humano especial e expressivo como você.
Bjussss da amiga
Sil

Olho no olho. disse...

Bom dia João Ludugero.
Eu tenho uma curiosidade grande em saber onde fica esse seu paraíso chamado “Várzea”, creio que deve ser realmente espetacular. Quanto a sua poesia, fiquei com uma vontade danada de me fartar com as comidas e depois dormir e sonhar nessa rede.
Um abraço,
Francisco Diniz.

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