Eu me atiro nas palavras,
vice-versando tenho à mesa
carne, peixe, pão e queijo prontos.
Prefiro a faca, o anzol e a fome.
Eu vicejo, reverdecido,
abro um livro
como quem abre
um telhado no deserto.
E, de dentro, me alinho
de sorte pro alto, de súbito,
dou partida ao meio
de chegar ao cimo, e chego,
de chegar ao cimo, e chego,
ganho firmamento,
o norte ponteio, de certo,
sem vexame nem dilema, acolhido.
Alivio um pouco minha sede.
E assim aliado às letras
com toda força arremesso
meu bumerangue encantado.
'Oasis/meio-me' na lida
e do topo da minha casa
posso girar o mundo
que trago em minhas mãos,
beber da sua água,
que trago em minhas mãos,
beber da sua água,
posso andar com asas
e ver suas páginas
de frente e verso,
de todos os lados,
amparado assim
no que está escrito
em meu livro aberto.
Um comentário:
João
E que neste seu livro aberto possamos encontrar um poema cativante para ser lido a qualquer hora, a qualquer momento.
Bjussss
Sil
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