num Deus que dança,
um ser que não se cansa
susceptível pelo radar dos sentidos,
que pode ser invocado
através do silêncio das coisas
até no pensamento
que constitui palco e ponte
de cordas lançadas
de dentro para o alto,
sobre a amplidão dos acordes,
pois, deles se escuta o assobio de Deus.
E assim movidos pela cantiga, de súbito,
numa música solene, de certo,
delineam-se, dia-após-dia,
os passos do transeunte
que chega ou que parte
na animada estação cenário
que nos enleva alma e corpo,
sob as mãos de Deus,
que nos concede essa dança,
que sabe os passos e a contra-dança,
no ritmo das horas,
sob a batuta da vida bailarina
que nos convida, de pronto,
a experimentar bailar com/para Ele,
a experimentar bailar com/para Ele,
sem carecer de ensaio, nem precisa,
a rodopiar nos embalos da lida,
até só restar a última cadeira
quando saímos da penumbra
ao acender da iluminação da cena
ou pelo soar de trombetas,
ao acender da iluminação da cena
ou pelo soar de trombetas,
só pra ver o semblante de Deus,
quando a dança suprema
nos chama à saideira,
porque o bailinho só acaba
quando se fecham as cortinas,
e o mundo da gente
cabe nessa dança,
cabe nessa dança,
êh, bagaceira!
até nos fazer perder o juízo!
2 comentários:
Que bonito, me deu vontade de acertar o passo.
Um beijo.
Cara Luna,
Acertar o passo?
Tu és passista de lume fosforescente!
Tua poesia é feito violoncelo que nos eleva à dança, balança o corpo e toca bem alma da gente...Adoro teus textos e a ti, também, menina-lua, pingente de rara beleza!
Abração.
Até mais!
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