segunda-feira, 16 de julho de 2012

MINHA VERSÃO À PÉROLA DE UM POEMA, por João Maria Ludugero



Veio a onda aos sobejos, 
ressacada de tanto vai-e-vem, 
e, furiosa, atirou no raso 
uma concha purpúrea 
advinda das profundezas do mar. 
Já na praia, a concha abriu sua boca, 
engoliu um grão de areia, 
bebeu o orvalho do céu, 
a rutilância 
dos raios do sol, 
a prata da lua 
e o lume de estrelas. 
E, por intermédio 
das Luzes do Alto, 
produziu a pérola 
assim tão radiante e pura. 
E pensar que a pérola é retirada 
de uma concha grosseira, 
de uma água lodosa. 
E surge assim nessa versão tão bela, 
tão límpida, tão rara e preciosa, 
carregada de mistério 
de uma certa aura 
de magia que a cerca.

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