De repente, esperançosos,
caminham pela trilha —
os filhos da Várzea.
De manhã, bons ares em brisa
encrespam o açude do Calango
e penteiam suas águas verdes-musgo.
Roupas estendidas na areia—
o clarear dos quaradouros
alveja o varal ao longo do rio Joca.
Ao passar pelo Vapor, o tempo
abre a tarde amena varzeana,
a rutilar o sol timidamente
num claro sorriso de almas em flor.
Cantiga de canário-de-chão —
um canto de desencantar aridez
de reverdecer juazeiros.
Sozinho no cenário agreste,
sol a pino ao meio-dia, de rachar o quengo
ao passar do carro-de-boi,
como que a soar um lamento.
Lá fora o canto das cigarras —
Elas, com estridente zoar,
prenunciam a chegada da primavera,
de tal sorte que eclodem num estouro de saudades...
Com a mulinga, a arrebentar o peito da gente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário