terça-feira, 11 de setembro de 2012

ADMIRÁVEL EMBOCADURA, por João Maria Ludugero


ADMIRÁVEL EMBOCADURA
(Fiz este poema hoje à tarde, pra você amiga Kiro Menezes).

Pelo vão, sou riacho
a receber tuas águas...
afluentas-me cauadalosa,
atravesso pedras e limos
-Mas onde tem vau neste rio,
para que eu possa atravessar?
passo a vau, vou fundo
sou rio a desaguar no teu mar,
num mar de emoções incontidas.
Vou juntando teus azuis, teus verdes
que dançam aos olhos de Deus
no solene baile que ele nos permite sonhar
sobre os sentidos acordados.
Tudo passa em verdade no cenário
rabiscado pelo sol que nos horizonta,
trançando teu cabelo ao vento...
E o vento uiva a te enamorar
ao longo do caminho, atrevido.
O vento penteia teu cabelo
e emaranha tuas tranças,
uma a uma, feitas na fita,
enquanto o mundo ofuscado 
gira em cena, pouco a pouco, no palco
e silencia sob os acordes
da tua incessante beleza.

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