sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CONTEMPLAÇÃO DE MAMULENGO, por João Maria Ludugero


CONTEMPLAÇÃO DE MAMULENGO,
por João Maria Ludugero

Não só de manjar ou cubar a lida,
O fantoche obedece atentamente 
Ao comando do fiel mão molenga: 
Passatempo de sorrir e estar contente, 
Numa lavra de chorar com sentir dor.

Mas, a cara não muda. A gente sente 
Espiando em seu olhar, seja o que for 
De sorte e solidão, a inconsistente 
Vida a que uma outra vida dá vapor.

O Cara dos fantoches é um êxito a contento: 
— Considerável público, eu agora não esmoreço... 
(Não se cala a ululante patuleia)...
Um marejar de lágrimas e sorrisos esbugalhados
Nos cordéis literalmente entretidos 
(O fantoche em cena de euforia plena
Esbanjando-se em radiantes estripulias,
Sem lusco-ofuscar-se no palco ou nas ideias?)

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