sábado, 11 de janeiro de 2014

MEMÓRIAS DE UM LAR DOCE LAR, por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMÓRIAS DE UM LAR DOCE LAR, 
por João Maria Ludugero

Ontem visitei a casa onde cresci,

onde fiz correr tantas alegrias,
onde sentei na mesa
para fazer as lições de casa.
E quantas saudades senti
da mão da minha mãe Maria,
a segurar a minha para fazer o cedilha.
Ela que me ensinou o ato de contrição
E a rezar para o anjo da guarda,
Ela que sempre foi o próprio anjo a nos guardar.
Ela que era a rainha daquele doce lar.
Tem horas em que até me esqueço
de que ela já partiu para um outro andar.
Eu revi a casa vazia, quase silenciosa,
Um clima estranho, um vão cinzento,
a nostalgia a escorrer pelas paredes nuas
numa última olhada pela sala de jantar
Que agora é tamanha, falta a grande mesa.
A família toda reunida, meu pai, meus irmãos, 
O tilintar da louça, o aroma, a comida.
Quase ouço o vozerio, alarido e festa.
Ora um sentimento de vazio, um arrepio,
muitas lembranças,
sobram-me lágrimas
revela-se amplo silêncio
em cada passo, uma saudade maior.
Lembro-me da casa viva
da sala, do quarto, do jardim.
Quando uma voz me chama à realidade.
É chegada a hora de deixar a casa,
trancar de vez a última porta,
seguir em frente no batente da lida,
adiantar o passo,
sem apagar outras luzes, sem esquecer
Que muito da casa velha,
da sala de estar, da cozinha ao quintal,
da rosa ao jasmim,
muito ainda segue aceso
dentro da vida da gente.

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