NA LAIA DA ASTUTA BANANA,
por João Maria Ludugero.
Não só de manjar na lida
Aos solavancos ao avanço do sol
Fico a cubar a maravilha
Que é aquele cacho de banana pirada,
Que não queria ficar de soslaio na laia
Ao desvario de ficar o dia todo pendurada.
- Eu deduzo em ânimo
Que vou para a Várzea,
Só pra não virar bananada!
Vivia reclamando
A banana enfezada,
Levada da breca...
Um dia, aturdida,
Fugiu a danada,
Pulando pra tudo
Que é lado, distorcida,
Sem ligar pra nada,
Pulou, pulou ao desvão,
Desfolhada, ficou assim
Toda suada e descabida.
- Vou tirar a casca enxerida
E ficar desnuda, fora da saia,
Assim pensou ávida
A banana enjoada
Tirou, tirou, retirou e tal
Ficou tão pelada na raia
Tão gostosa a danada
Que acabou na estica
Como rainha da macacada!
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