sábado, 1 de fevereiro de 2014

SOB O CICLO DE UM LUDUGERÁVEL POEMA, por João Maria Ludugero

 
 
 
 

SOB O CICLO DE UM LUDUGERÁVEL POEMA,
por João Maria Ludugero

Depois de escrever 
Meus versos
Sinto-me feliz,
Me reanimo... 
Rejuvenesço,
Ganho um século
De ávidas poesias
Até fora da rima
Consinto-me contente
Depois me levanto 
Tomo um copo
De água gelada
E não durmo...
Repasso a sonhar acordado,
Desapeado da tal burrinha
Da felicidade!
(Fico espairecido, parecendo 
Hipnotizado sem morrer à míngua
Poeta atrás da afoita língua
Que nem cachorro doido
Chocado homem de tintas
Com o ovo da galinha-d'Angola
Com o dito cujo além tô-fraco desertado
Ou somente ovo chocado por outra ave
Poema assim não jaz em mim,
Sou jasmineiro atento na peleja
Não tenho sangue de Barba-azul 
A morrer no vão da rodovia,
Atropelado...
E muito mais em tais versos
Deles não se diz o que lavra 
Mas são próprios de quem é,
Estigmas da lida
Aos solavancos
De si mesmo aprumado
Ao avanço do sol amar-elo,
Poeta, poema em palavra
João Maria Ludugero!
Extrapola dentro e alto
Na história da lida astuta
Que acaba tendo um ânimo
Renovado, eira e cabo.
Lá se vem de novo! 
Formando círculos,
Cabeça de poeta
No chão de dentro...
Apaixonado na lida,



Em ciclos e reciclos.

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