TERNURA DENTRE URTIGAS,
por João Maria Ludugero
Cultivo um pé de urtigas na Várzea
Abaixo do jirau do alpendre de acácias.
As folhas estão viçosas, brilham
Com a luz além dos solavancos.
Ainda não floresceu,
Mas já tem ninho de passarinho.
Espero ansiosamente as flores
Esbranquiçadas aos espinhos,
Delicadas, mas apetitosas.
Enquanto não floresce, vou regar
Com devoção o meu pé de urtigas.
As folhas verdes voltam-se em nicho
Para o voraz sol amar-elo terno e solene.
A luz faz vigorar a essência das plantas.
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