quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

VÁRZEA-RN E O VAPOR DA VELHA INFÂNCIA! por João Maria Ludugero

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁRZEA-RN E O VAPOR DA VELHA INFÂNCIA!
por João Maria Ludugero

Os alpendres do casarão do Vapor
Eram constantemente
Ensolarados,
Tal qual
Eram alaranjados
Seus mulungus em flor.
As portas se fecharam,
As paredes racharam
No decorrer do tempo.
Pelas frestas,
Feito
Chagas,
Os raios solares
Entraram indiferentes
A correr dentro
das paredes verde-musgadas.

A gente ali
Bem se contentava espairecido,
Esmorecendo o corpo
E amortecendo as dores da alma.
Mas as janelas da velha infância
Não se abriam mais ao flamboyant
Da tarde amena que tanto me ninava,
Aonde se aninhavam as guinés ou galinhas d'Angola
Dispostas em seus mais destemidos tô-fracos...
E, ali, a casa caiu ou foi derrubada...
Ficou apenas a poeira do tempo ao Vapor,
Que ainda insiste em entrar pelas ruínas
Do meu coração
Que ainda evapora
Marejado de saudades
Sob os meus astutos olhos d'água...

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