terça-feira, 21 de junho de 2011

Submissa ou dominada

Por: Cláudia Costa


Existem dias em que canso de ser minha única dona
Canso sem dó, sem timidez, sem medo
Dias em que fico feliz em ser só tua
Em me dar inteira pra você
Solta, sem reservas, sem pensamentos outros, sem senãos, sem regras
Sem amarras...
Dias em que não quero tirar o salto que você tanto adora
Não quero tirar nada!
Dias em que as suas mãos são meus guias
E teu corpo a minha ilha deserta
De prazer, de descanso
E aconchego
Dias que só será tirada a roupa que você quiser tirar de mim
A única coisa que não me tiras, de jeito nenhum, é o colar
Esse, que mordo quando me fazes gozar,
Esse, que, no íntimo, ostento quase como coleira
Virou parte integrante do meu corpo...
Hoje você ganhou na mega sena do prazer
Uma mulher inteira desnuda, de alma entregue,
Cheia de uma timidez que só as acostumadas a tomar decisões trazem consigo...
Hoje, te vira meu lindo, a decisão é tua...
Se vais me querer na calma carinhosa da cama
Pra acalentar a alma
Ou se me acaba a acelerada ansiedade
Nas paredes e tapetes de nosso ninho
Arrefecendo entre carinhos, tapas, beijos e mordidas
O  meu cansaço, a minha ira, me refazendo a vida...
Há dias assim...
Que necessito misturar teu corpo no meu
Aceitar teus desejos como meus
Ser só tua
Pra reaprender a ser minha.

13 comentários:

PAULISTA22 disse...

Muito belo parabéns!

paulo disse...

Um tratado ao belo e enredado prazer. Muito bom, Clau

Abraço

Sil Villas-Boas disse...

Querida Cláudia

Você sempre coloca suavidade e sensualidade em seus pensamentos-poéticos. Parabéns pelas palavras de hoje.
Bjusss
Sil

Sandra Portugal disse...

intenso!
parabéns!
Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//

João Maria Ludugero disse...

De colar
De coleira,
Eira e beira
Desatando os nós,
Sem cortar os elos
Nós de correr
De alinhar
Corpo a corpo
A céu aberto
Nossos desejos a pulsar
De arranhar paredes e pias
De ligar a centrífuga
De botar pra ferver,
De aranhar as jarras
De engolir as falas
De escancarar o gozo
De nem tirar o sapato
Rasgando ao dente o verbo
Entre o sagrado e o profano...
Atingindo o climax,
Aqui, ou lá em Zanzibar
No Himalaia ou no Himeneu
Só a gente: eu, você e Deus!

Unknown disse...

Caraaamba Lud!!

Arrasou!! Sem mais!

Uau!!

Carlos disse...

e de uma delicadeza selvagem,adorei!!!!comentarios de um ogro!rs

NÉLIA DE PAULA disse...

JOÃO, Ó MEU PAI,
Ó MINHA MÃE DE DEUS!
QUASE TIVE UM ORGASMO!
SEU COMENTÁRIO É UM
DIVINAL POEMA!
AMEI DE PAIXÃO
O QUE A CLÁUDIA ESCREVEU...
MAS SEU COMENTÁRIO MERECE SER
PUBLICADO, POSTADO EM SEPARADO!
UAU!!!!!!! QUE DELÍCIA, CARA!
GENIAL!
VOCÊ É MESMO DO BALACOBACO....
FIQUEI PRA LÁ DE SHANGRI-LÁ!
A TODOS UM ÓTIMO DIA;
BEIJOS.
NÉLIA DE PAULA BASTOS (NELL DI PAULA).

Anônimo disse...

Fantástico! Muitíssimo bom!
Adorei seu texto. Supimpa!
Rubens

Tatiana Kielberman disse...

Claudinha, querida...

Texto lindo, simplesmente divino!

Mas, permita-me discordar...

Submissa e dominada, você? Jamais!!

Substituiria esses adjetivos por: mulher que sabe o que quer, firme, decidida e sonhadora!

Pode?

Um beijo bem grande!!

Te adoro!

Anônimo disse...

Ola, adorei seu blog!!!! esta estão é demais

Cristian disse...

Oi Clau,

Uau...
"Arrefecendo entre carinhos, tapas, beijos e mordidas..."

Fantástico!

Um grande beijo pra vc e pra Sil!

Até mais,
Cris

Rosamaria disse...

Submissa, dominada?

Dificil imaginar você nesta posição.

Mas nós mulheres conseguimos ser várias apenas uma.

Clau e Sil
Beijo grande pras duas.

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