Autor: João Ludugero
Olá, meu querido velho!
Como vai minha velha!
Assim os chamo com todo carinho
Ao vir aqui buscar inspiração
Para escrevinhar este poema.
E inspiro-me, não apenas
Em rugas e marcas,
Não apenas em faces encarquilhadas,
Não apenas em faces encarquilhadas,
Não apenas em respeito
Aos teus cabelos grisalhos,
Mas na vontade de bem-quereres
Continuar a viver a vida!
Continuar a viver a vida!
Cadê aquela ávida chama que inspirava emoção,
Que vertia da tua alegria de viver em plenitude?
Que vertia da tua alegria de viver em plenitude?
Apesar dos pesares, da tua mão impaciente e cansada,
Apesar das agruras da lida, dos anos idos,
Quem foi que disse que não se pode inspirar
Quem foi que disse que não se pode inspirar
Nessa vontade de ainda viveres, cada vez
Mais querendo nos fazer aprender convosco,
Mais querendo nos fazer aprender convosco,
Que muito ainda têm para nos ensinar,
Assim trocando experiências.
Não esquecendo de que um dia
Também chegaremos lá.
E que lá no final das contas, de certo,
Vamos querer sim poder usufruir
Dos dividendos de uma vida digna
E ser respeitados como pessoa.
Portanto, procuremos ver o idoso
Portanto, procuremos ver o idoso
Tal qual aquele beija-flor
Que poliniza a sua experiência de vida
Em cada um de nós.
Então, deixemos esse colibri continuar
Em cada um de nós.
Então, deixemos esse colibri continuar
Este bonito trabalho, valorizando mais
Nossos beija-flores e com isto,
Certamente, tendo uma vida mais saudável
E repleta de recordações.
Para que num futuro próximo possamos
E repleta de recordações.
Para que num futuro próximo possamos
Chegar a ser um beija-flor amado por todos,
Um pássaro ainda cheio de garra e, por que não dizer,
Traços de juventude dentro do peito a sonhar,
Porque os sonhos não envelhecem,
Apenas murcham como uma flor
Esquecida num canto do jardim.
O idoso precisa ser respeitado,
O idoso precisa ser respeitado,
Preservemos, pois os nossos beija-flores,
Cuidando do nosso jardim com mais esmero.
Quem sabe assim não nos sobre apenas o consolo
De virmos parar num desses
Abandonados abrigos de velhos!
Quem sabe assim não nos sobre apenas o consolo
De virmos parar num desses
Abandonados abrigos de velhos!
Um comentário:
João
A minha mãe é meu beija-flor. Lindo o poema deste sábado. Cativa a alma da gente infinitamente.
Bjusss e bom fim de semana.
Sil
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