Eu porto bandeiras, cartas, chapéus
porto estandarte e alegria, de passagem
porto malas, retratos, respostas, voz.
Porto lembranças que duram
Estou no cais das idas e vindas,
sou veleiro em flor.
Porto mudanças e estações
Porto vidas inteiras, buscas e rotas
Porto olhos marejados, lenços e adeus
em partidas e chegadas
Porto amores, laços, esperanças, dores
Porto sentidos, consentidos ou vãos
Porto sóis, luas pingentes e penumbras
Porto astros, lábios, nortes
bússolas e viagens
Porto náufragos e garrafas de SOS
Comporto mapas adversos e temperança.
Não estou apenas portador da poesia,
Eu careço de escrevinhar,
a contento vice-versando, não me contenho,
e uno opostos, num átimo de segundo.
Eu preciso chegar à alma das palavras, e as acho.
Se deserto há, é aí que me encaixo no meio
de me achar num oásis farto,
porque tenho sede de letras
que me abrem um clarão na lida
que me abrem um clarão na lida
que só me saciam em palavras que escavo
que escrevo com afinco,
que bem me apontam
o lápis da Poesia.
o lápis da Poesia.
2 comentários:
Eu "porto" este teclado só para te dizer : QUE POEMA MARAVILHOSOOOOOOOOOOOO....!!!!!
Muito obrigado, Rosana, pelo esfuziante e gratificante comentário!
São pessoas feito você que nos impulsionam a escrever, a poetizar a vida! Beijos.
Hiper mega abraço do
poeta João Ludugero,
eterno aprendiz!
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