domingo, 9 de outubro de 2011

PORTA-POESIA - por João Ludugero

Eu porto bandeiras, cartas, chapéus
porto estandarte e alegria, de passagem
porto malas, retratos, respostas, voz.
Porto lembranças que duram
Estou no cais das idas e vindas, 
sou veleiro em flor.
Porto mudanças e estações 
Porto vidas inteiras, buscas e rotas 
Porto olhos marejados, lenços e adeus 
em partidas e chegadas
Porto amores, laços, esperanças, dores
Porto sentidos, consentidos ou vãos
Porto sóis, luas pingentes e penumbras
Porto astros, lábios, nortes 
bússolas e viagens
Porto náufragos e garrafas de SOS
Comporto mapas adversos e temperança.
Não estou apenas portador da poesia,
Eu careço de escrevinhar, 
a contento vice-versando, não me contenho, 
e uno opostos, num átimo de segundo. 
Eu preciso chegar à alma das palavras, e as acho.  
Se deserto há, é aí que me encaixo no meio
de me achar num oásis farto,
porque tenho sede de letras
que me abrem um clarão na lida  
que só me saciam em palavras que escavo 
que escrevo com afinco, 
que bem me apontam 
o lápis da Poesia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu "porto" este teclado só para te dizer : QUE POEMA MARAVILHOSOOOOOOOOOOOO....!!!!!

João Maria Ludugero disse...

Muito obrigado, Rosana, pelo esfuziante e gratificante comentário!
São pessoas feito você que nos impulsionam a escrever, a poetizar a vida! Beijos.
Hiper mega abraço do
poeta João Ludugero,
eterno aprendiz!

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