É tudo tão real. Parece que foi ontem. Observar a camisa em azul e a calça jeans, jogadas displicentemente na cadeira. Os tênis revirados no chão. Tudo ficava revirado diante da nudez dos seus muros, medos e limitações, deslizando verdades e sensações ao meu lado. Maravilhoso era mergulhar no mar infinito de tua mente.
Sabíamos nos revelar nas palavras, emanadas de nossas cores, gestos e pensamentos soltos. Cada respiração trocada traduzia-se na plenitude dos versos satisfeitos.
Hoje já não te falo feito antes. Apenas cristalizo minhas vozes interiores em escritos rabiscados no céu. Em canções sonorizadas pelos ventos. Respiro a energia das flores que vêm brincar na brisa. Espalho na cidade o espelho de uma alma aflita, afoita, afeita às emoções retidas na tua íris
No dia de ontem a gente se via em nosso olhar.
No dia de ontem semeávamos versos noturnos
sob a lua eclipsada.
sob a lua eclipsada.
4 comentários:
Eu entendo isso...O ontem tem encantos muito particulares.
Beijo, Sil.
Beijo e mais beijo.
Oi Sil.
Os sonhos de ontem alimentam a vontade de sonhá-los novamente. A coragem de jogar ao vento a vontade de sonhar faz a diferença entre os que carregam vida dentro de si e os que são conformados.
Lindo poema!
Francisco Diniz.
http://viajantenaspalavras.blogspot.com
Nossa, que lindas lembranças de ontem você guarda, desei ter vivido isso.
Beijos Sil querida!
Parece que foi ontem, mas às vezes é muito hoje dentro da gente!
E, enquanto é hoje, aidna pode ser sentimento, emoção e doçura.
Perfeita composição, Sil...
Beijo grande!!
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