Quem brinca de escrever poesia,
brinca com palavras nuas
passa o tempo a senti-las na alma
dentro do colorido que realça a vida,
consente-se a achar fios e meadas,
a tecer coisas que só o coração desenha.
Brincar de fazer poesia anima, instiga a pensar,
faz a cabeça da gente girar, ganhar o mundo,
depois de muitos sóis, depois de tantas luas.
Brincar de escrevinhar versos afasta o tédio,
é arrimo, é amparo que não deixa a cuca pegar.
É como se brinca com bola, papagaio, pião.
Só que bola, papagaio, pião
de tanto brincar se desgastam.
As palavras não: quanto mais se brinca com elas
mais novas e ávidas ficam. E como significam!
Como a água na correnteza do rio Joca,
como água sempre nova a brotar
direto da fonte dos ariscos, cristalina
assim como olhos d"água que não secam nunca,
como cada dia a reverdecer em esperanças novas.
E aí, que tal, vamos que vamos brincar de poesia?
Um comentário:
Que delicia de brincadeira! A poesia é arte de quem sabe ver nas palavras, nas escritas, nas pessoas, nas ruas, na vida...
Abraços.
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