quarta-feira, 3 de julho de 2013

VOO DE DENTRO DA POESIA, por João Maria Ludugero.


Eu menino varzeano 
já nasci pássaro liberto ao voo.
Corri dentro em alto voo pra fora das gaiolas. 
A Várzea me deu asas dentro do sítio do Vapor.
Nunca me prostrei às gaiolas, 
desde cedo me adaptei à arte do voo. 
Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. 
Presos numa cela, seu dono pode 
levá-los para onde quiser. 
Pássaros na gaiola sempre têm um dono. 
Deixaram de ser pássaros. São da posse do/ente.
Porque a essência dos pássaros é levantar voo.
Eu sou poeta-pássaro sem amarras, freios ou laços.
Eu sou pássaro a voar pelo interior 
da imensidão do mundo.
Escrever me dá coragem para voar, animado.
Aprendi esse voo intenso disparado nas letras
Porque só de manjar descobri asas e fôlego,
Uma vez que o voo já nasce dentro dos pássaros. 
Daí, só alcanço esse voo tecendo os versos que invento.
O voo não pode ser ensinado, mas consentido,
Tendo em vista que só pode ser encorajado, a contento.
E, a partir daí, me sinto dentro com afinco.

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