VARZEAMADO CHÃO, por João Maria Ludugero.
Eu voo feito bem-te-vizinho,
Entoando tua cantiga a me ninar,
E cantando eu vivo a contemplar
Teu céu, teu sol, teu vapor, teu rio Joca,
Tuas noites e o teu luar.
Princesinha da seara potiguar
Das trovas, toadas ouço a sonhar,
Oh! Várzea das Acácias, eu te quero demais,
Em ti, todo um amor, num esplendor de glórias imortais.
A lendária mulher que chora não encerra o teu encanto,
De grandezas sublimes do teu valor
Venero o teu açude do Calango verde-musgo
Minha vargem, meu terno berço de amor.
Tens um riacho do mel e um vapor tens a rolar
Em teu seio, rasgando-o, buscando 'varzeamar',
Trazendo altiva imagem, teu nome consagrar,
Pujança em que terei pra sempre a ti, de ti sempre serei.
Demandando uma galera astuta
Itapacurá à Forma, sem temor,
Navegando noutras eras
Varzeanos de valor
Defrontaram a ti, soberana flor,
Coração do Rio Grande do Norte,
Renasceste à luz e ao amor conduz
Sem lembrar de esquecer-te jamais.
Salve! Brisa que faz tremular teu pendão.
Salve! Um grito de paz e amor na canção.
Salve! Salve! Natureza fulgente, em luz,
Que clareza, na grandeza da integração.
Esplendor tens, de um céu, tudo em ti reluz,
És Brasil, Brasil a inteirar o coração da gente,
Desta gente, que ardente amor, enfim,
Nutre a ti, para sempre cantar assim, espontânea,
Salve! Salve! Várzea das Acácias em formosa flor,
Da esperança e do amor a correr dentro e alto,
Salve! Salve! Várzea, formosa flor
Da esperança e do amor potiguar!
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