por João Maria Ludugero
E no cubar da lida,
O retrato não diz mais
- Bom dia -
Ou então - Boa tarde ou Boa noite -
Me enlevo em acordes de sonhos
Até o alvorecer ao avanço do sol.
Não, não diz mais tanto acerca da sorte,
É só um retrato encardido pelo tempo,
Onde, ao invés de reflexivo Adeus,
Deita-se impune no tear dos ventos,
Aos solavancos, na poeira dos dias.
E de quem, no excessivo encanto
De o ver e ouvir, a correr dentro e alto,
Se perdia a enlouquecer ao lusco-fusco.
Agora, nele não mais se reconhece.
Maior que o Amor é a resposta do tempo,
Que continua a me assanhar até os pelos da venta.
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