quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

VARZEAMADO, DIA-APÓS-DIA, João Maria Ludugero

VARZEAMADO, DIA-APÓS-DIA,
João Maria Ludugero.

A minha rota é o rio Joca, o Vapor, a rua grande

O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta a Várzea das Acácias
Plantadas por Silva Florêncio, pai da Vitória Ebevânia
A frase que de coisa em coisa silabada me exponho
Grava no espaço e no tempo a minha terna Várzea!

Inteiramente eu trago Deus em mim
E passo pelas bermas da lida sem medo da cuca
A ganhar o mundo que o procura de todos os lados
Sem saber que a realidade o mostrará
A contento desde o chão de dentro...

Não trago explicações da vida
Olho e confronto o dia-após-dia agora
E por método desnudo o pensamento
A terra o mar os rios ao sol o vento os pássaros
São a minha biografia e são meu rosto
De poeta assim de coração passarinheiro

Portanto não me apelem cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me insistam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem habite-se
De tudo quanto vejo me acrescento entretido
Em cada vão que percorro a ser rio oásis-meado
Eu faço canteiros e irrigo rosas do deserto;
Eu sou rio em afoito desaguar pelas enchentes do chão de dentro
E a hora da minha partida se aflora lentamente longe
Em cada dia esbugalhada pois ainda me demoro pra ida!

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